O dia é cortado ao meio.
Eu saio em direção à um lugar que me espera e me acorrenta.
A luz do sol está inundando meus olhos e queimando minha alma.
Espero um dia atender ao chamado do calor que vai me deixar longe do frio artificial daquela sala fechada.
Talvez escolher um dia ao acaso e mudar a rota.
Tomar o ônibus errado, estar no lugar certo.
Viver é melhor que esperar, afinal.
Vocês ficam contando o tempo que passou, o que já durou…
3 mêses
1 ano – e meio.
6 anos… do que quer que seja.
ok.
Eu fico contando quanto tempo falta para a próxima vez.
Esperando que ela dure o suficiente para que eu tenha boas lembranças.
Nada de números, cobranças, promessas não cumpridas ou desentendimentos.
Mas aquela sensação de liberdade e conforto que a gente não percebe, que é tão rápido que não dá tempo, ou é tão longo que não dá vontade de olhar para o relógio.
Sempre tem aquele amor que a gente nunca esquece. Aquele mais bonito. O que a gente não vive. Sonha.
Passar um dia em casa, rever um antigo colega de escola, fazer o mesmo caminho até o parque que brincava quando criança. Reviver certas sensações pra relembrar quem sou e o quanto estou viva.
Talvez seja um dia frio e escuro que a gente se encontre só pra aquecer e iluminar o dia. E mostrar a que viemos
Viver e não se apaixonar é como brincar de pega sendo ‘café-com-leite’. . Não vale. É uma trapaça inocente. Você não perde mas também nunca ganha. É como se não brincasse. É como se não vivesse, na verdade.
Escrevo, mas não como um modo de fulga. É um modo de entrega,denúncia. E até uma renúncia da proteção do silêncio. Da ausência.
Às vezes me perco de propósito. Só pra me reencontrar. Redescobrir. Refazer.
Certo dia Troquei o leite com Nescau por café. Poesia, por Física Quântica.
Certo dia Troquei o leite com Nescau por café. Poesia, por Física Quântica.
LARISSA E. S . F. 